
Hoje, depois de longos minutos a olhar para o papel, não se desenharam letras pelo branco da folha, nem nenhuma história abalou o silêncio das linhas vazias.
Lá fora chovia. Dissipava-se uma leve cortina de água pelo ar e um cheiro a terra molhada que, em tantos passados dias, me inspirara.
Mas não hoje. Esta manhã, quando abri este pequeno caderno, o nevoeiro que se espalhava lá fora não me refrescou as ideias. Talvez mais logo, os meus pensamentos se encontrem com a caneta deixada sobre a mesa, e deixe que as palavras respirem, ao correrem por uma qualquer folha de papel.