sábado, 21 de janeiro de 2012

"Life is beatiful but it's complicated"



“Viver exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.”
Um dia li esta frase. Não me lembro quando, nem em que lugar. E, como acontece em certas alturas, aquela frase cativou-me de tal forma que até hoje nunca a esqueci.
Há momentos em que me perguntas como estou e como não consigo medir todo o meu estado físico e mental, respondo: “Estou a respirar”. Como se isso fosse o bastante para me definir naquele momento.
Será que é? Será que basta inspirar profundamente para me sentir melhor, de cada vez que as tempestades ameaçam quebrar-me?
Se respirar é viver, basta que o ar me percorra as veias? Se me deixar inerte neste local; se não me mexer, nem sentir nada, estou viva?
Se desistir de lutar e ficar a ver o tempo materializar-se no tic tac constante do relógio, estarei a dar uso a este dom? A vida.
Perguntas existenciais, dirás. Talvez a resposta esteja precisamente no seu mistério. Talvez a resposta seja não perguntar sequer.
Se não, repara. Observa aquelas crianças que jogam à apanhada na rua. São felizes. E a sua alegria não provém de nenhuma busca interior. Elas deixam simplesmente que cada inspiração seja suficiente para viverem mais um instante e terminarem o jogo.
Essa é a diferença entre estar vivo e não estar: deixar que a vida passe por nós, sem que demos por ela. Porque não é a vida que tem de nos marcar, nós é que temos de deixar uma marca na vida.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Miss u

"Há saudade para sentir...


...como há livros nas prateleiras a fechar mundos."

Jose Luís Peixoto