domingo, 17 de outubro de 2010

Pensa nisto

"Só me sinto digna das minhas asas...

...se as utilizar para fazer os outros voarem."

in O vendedor de sonhos

domingo, 10 de outubro de 2010

O vendedor de sonhos


Quando a vida não te der razões para seguir em frente, não desistas. Volta simplesmente o rosto e tenta perceber o que mantém os outros a andar. Acho que é esta a melhor forma de resumir este livro.
O vendedor de sonhos é um livro que apela à nossa instrospecção e, acima de tudo, à nossa humanidade e humildade. A história começa no topo de um edifício, onde um homem, desesperado, vê no suicidio a saída para os seus problemas. Enquanto todos tentam confortá-lo surge uma personagem estranha - um dissidente da sociedade - que, ao contrário dos outros, não apela à sua calma, mas sim aos seus fantasmas.
A perturbação causada pelas suas palavras desperta um novo pensamento na mente daquele homem à beira da queda. De uma imagem de miséria, a sua visão sobre a vida, transforma-se numa imagem de esperança.
Este vai ser o primeiro seguidor daquele estranho homem que se intitula de vendedor de sonhos. Como ele, muitos outros passarão a caminhar pelas ruas como aprendizes de vendedores de sonhos. O objectivo? Afastar o egoísmo da sociedade e encorajar todos aqueles que perderam a vontade de viver.
Apesar de inicialmente se apresentarem repletos de preconceitos e estereótipos, a jornada sociológica e a presença do mestre transformá-los-ão em seres sem fronteiras. E aqueles que os vêem como loucos aprederão a maior lição da sua vida, porque aquilo que uma pessoa aparenta não faz de si aquilo que é.

Um livro para ler, mas essencialmente para reflectir, não só na nossa vida, mas na própria sociedade que de perfeita tem muito pouco.

domingo, 3 de outubro de 2010

Sensações


Diz-me o que vês. Sim, conta-me com palavras simples aquilo que vês quando olhas à tua volta; aquilo que vês quando olhas à tua volta e eu surjo no caminho.
Sabes que não quero que me descrevas. Quero apenas saber o que te faço sentir. Saber qual é a sensação que te empresto quando o meu perfil se cruza com o teu olhar.
Tal como quando olhas o céu e ele está azul. Não é só isso que vês, desfrutas de um conforto especial, Tal como quando provas algo extremamente doce. Os outros limitam-se a intitulá-lo de isso mesmo, doce, mas tu sentes algo mais, aquela é somente uma palavra inventada para descrever esse paladar.
Consegues dizer-me o que vês? Consegues passar para palavras essas sensações? Finge que nunca antes as vi ou senti. Fala-me como se eu fosse incapaz de as vivenciar.
Quero apenas saber como é para ti. Quero tão-somente conhecer a tua sensação de doce e a tua sensação de mim.