quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Quebra de inspiração

Hoje, quando peguei na caneta, não soube escrever. Senti que as palavras se tinham esgotado, ou, talvez, fosse somente o meu pulso que não tinha força para segurar com firmeza aquele objecto que sempre transformara os meus pensamentos em palavras.
Hoje, depois de longos minutos a olhar para o papel, não se desenharam letras pelo branco da folha, nem nenhuma história abalou o silêncio das linhas vazias.
Lá fora chovia. Dissipava-se uma leve cortina de água pelo ar e um cheiro a terra molhada que, em tantos passados dias, me inspirara.
Mas não hoje. Esta manhã, quando abri este pequeno caderno, o nevoeiro que se espalhava lá fora não me refrescou as ideias. Talvez mais logo, os meus pensamentos se encontrem com a caneta deixada sobre a mesa, e deixe que as palavras respirem, ao correrem por uma qualquer folha de papel.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011