sexta-feira, 2 de abril de 2010

A melodia do adeus


Errar também é humano. E mais que perdoar outra pessoa, é preciso que saibamos perdoar-nos a nós próprios. E é esta a busca de Ronnie.
Filha de pais separados, Ronnie culpou durante três longos anos o seu pai por tudo aquilo que acontecera. Afastou todas as suas tentativas de reaproximação; rejeitou todas as cartas que ele persistiu em escrever-lhe, como prova do seu amor.
Virou costas a tudo aquilo que os unia, até mesmo a algo que sempre haviam idealizado para o seu futuro: a música.
Quando no Verão, que mudaria a sua vida, a mãe a obriga a passar uns tempos na vila costeira onde o pai reconstruiu a sua vida, Ronnie sente-se perdida. Inicialmente demonstra raiva por todas as palavras e gestos de quem se cruza no seu olhar. Will, rapaz da sua idade, jogador de volei, vai ser um deles. Mas, pouco tempo bastará até que ele comece a mudar tudo nela. Ele será o único capaz de conviver com a sua revolta e de perceber o que motiva o seu comportamento rebelde.
De amigos passarão a dois adolescentes que descobrem o primeiro amor. Mas quando o Verão termina, uma tempestade abate-se na vida de Ronnie. Algo que a transformará completamente e que irá apagar todas as cicatrizes da relação com o seu pai. Iniciará aqui uma busca ao fundo do seu ser. Uma procura incessante por aquilo que pode simbolizar, da forma mais genuína, um “adeus” que nunca pode ser dito.
Uma história sobre os laços que unem pais e filhos, sobre perdão, compreensão e, acima de tudo, sobre a forma como o amor verdadeiro pode curar a dor da perda.

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