sexta-feira, 29 de abril de 2011

I can do it



Pensei que não seria capaz, sabes. Marquei-o na mente com um risco. Dei-lhe o nome de impossivel. Desde a primeira vez que esse pensamento tocou o meu eu, desde que, pela primeira vez, deixei que esvoaçasse pelo labirinto das minhas ideias, como as boboletas experimentam as novas asas, que decidi que não iria conseguir. Afastei-o de mim, a esse pensamento rebelde que tentava conquistar-me. Cheguei a gritar-lhe, acreditas?
Tive medo, sim. O novo é algo que sempre nos intimida. Especialmente quando esse novo não nos foi antes apresentado; quando surge sem que nos dê tempo para o projectar. E, como não sou boa a escrever inícios, obriguei-me a por-lhe um fim. Escrevi-lhe um ponto final antes mesmo de ele começar. Mas hoje acordei e senti que me enganara. Hoje pareceu-me possivel esse sonho que andava perdido no vazio na minha íris. Apaguei o risco que com tanto cuidado tatuara sobre ele. E falei-lhe de mansinho para que voltasse para perto de mim. Sim, houve uma altura em que pensei não ser capaz. Mas não hoje. Agora, a folha já não me surge com um ponto redutor, mas sim com um espaço aberto para uma história nascer.

9 comentários:

Mário Monteiro disse...

ola, tudo bem? esse fim de semana? e a pascoa? eu prefiro acreditar na versao da musica de 1958.

Mário Monteiro disse...

caso não conheças este filme sobre o Britannic um dia deverás assistir, http://youtu.be/J4tu5HvT_RM a forma como ele afundou tão rápidamente e tão mais de depressa que o irmão Titanic e supostamente seria ainda maior e mais seguro.

Mário Monteiro disse...

sim foi boa, gosto desse filme também, e por acaso ja viste o naufragio do lusitania? vou colocar umas cenas dia 7 comemoraçao do naufragio abraço =)

Mário Monteiro disse...

então espera pelo dia 7 de Maio de ...1915!

Mário Monteiro disse...

*_*

Samuel F. Pimenta disse...

É sempre possível
tornar
um ponto final
em três pequenos
pontos
com um horizonte por
definir.
Basta que a vontade o permita.

(inspiraste-me aqui, agora mesmo)
Tinha saudades das tuas palavras.

Tudo de bom,

Samuel Pimenta.

Mário Monteiro disse...

sim, ele afundou perto da costa, aliás existe até um rapaz que assistiu a tudo sentado num dos montes.

Mário Monteiro disse...

os que morreram foram para o fundo com o navio, havia botes para todos, mas devido a inclinação, e do barco continuar em andamento depois da colisão e a rapidez com que se afundou, não havia tempo suficiente para que nenhum barco se metesse lá em tão poucos minutos, mas muitos navios locais chegaram á zona pouco depois.

Mário Monteiro disse...

sim, aliás o titanic e os outros dois navios gemeos foram contruidos para fazer concorrencia a cunard.